Cultura do melão

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O melão é uma espécie herbácea anual. Possui um sistema radicular aprumado em que a raiz pivotante pode atingir 1 m de profundidade, embora a maioria das raízes se localize nos 30-40 cm superficiais o solo.

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A parte aérea das plantas é polimórfica. Os caules têm consistência herbácea e podem ter um crescimento prostrado ou trepador, devido à presença de gavinhas. As gavinhas do melão inserem-se diretamente nos nós do caule e não são ramificadas. No melão, os caules têm secção quase circular, em contraste com os caules de pepino e de melancia que são angulosos. As suas folhas são inteiras, subcordadas, com 3 a 7 lóbulos, pubescentes.

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Pertence ao género Cucumis, um dos maiores dentro da família, que inclui 34 espécies, entre as quais, também se encontra o pepino (C. Sativus).

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Origem e história da cultura

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Os melões são originários da África Central, com centros de diversidade secundários noutras regiões. A Turquia, a Arábia Saudita, o Irão, o Afeganistão, o sul da Rússia, a Índia, a China e mesmo a Península Ibérica são importantes centros de diversificação da espécie.

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A partir do centro de origem, o melão distribuiu-se pelo Médio Oriente e pela Ásia Central. O registo mais antigo da domesticação do melão provém do Egipto e data de entre 2000 a 2700 a.C. Por volta de 2000 a.C, era cultivado na Mesopotâmia e, por volta de 1000 a.C, no Irão e na Índia. Os primeiros melões a serem domesticados e cultivados eram tipos de frutos ácidos e não aromáticos, à semelhança do tipo Conomon.

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O melão foi introduzido na Europa pelos Romanos, que, no entanto, não apreciavam especialmente este fruto. Terá estado ausente da dieta medieval em toda a Europa, à excepção da Península Ibérica, onde foi introduzido e mantido pelos Árabes. No século XV, um tipo de melão trazido da Arménia para o estado papal de Cantaluppe, perto de Roma, difundiu-se pela Europa. A cultura foi introduzida pela primeira vez na América pelo Colombo (século XV), tendo sido introduzido na Califórnia pelos espanhóis já nos finais do século XVII.

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Considerado nos anos 1950 um produto de luxo na Europa, a produção e o consumo de melão desenvolveram-se consideravelmente desde a década de 1960, como resultado da melhoria das técnicas culturais e do aparecimento de novas cultivares.

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Utilizações e propriedades

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Nos países ocidentais, o melão é um fruto valorizado pela doçura e aroma e consumido principalmente em fresco. A composição dos frutos depende muito da cultivar em questão. É um fruto rico em açúcares, vitaminas, água e sais minerais e pobre em gordura e em proteína.

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Noutras regiões, seleccionam-se cultivares das quais se consome o fruto imaturo, cru, em saladas (Magrebe, Turquia, Índia) ou em conserva em salmoura ou conserva ácida (Oriente).

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Estatísticas sobre a produção

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A produção mundial de melão localiza-se entre as latitudes de 50º N e 30ºS. Os países asiáticos são responsáveis por cerca de 70% da produção total. A Europa produz 12% do total mundial, sendo a Espanha, Itália, Roménia, França e Grécia os principais produtores. Na União Europeia, a produção localiza-se quase exclusivamente nos países mediterrânicos, sendo os países do Norte importadores, com destaque para o Reino Unido, Bélgica, Alemanha e Holanda. Os países do Magrebe – Marrocos, Tunísia e Argélia – são importantes produtores.

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Em Portugal, a cultura ocupa uma área superior a 3700 ha. A cultura ao ar livre localiza-se principalmente no Ribatejo e no Alentejo. A cultura em estufa concentra-se no Algarve e no Oeste. Portugal é muito deficitário neste produto, importante grandes quantidades, sobretudo de Espanha.

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